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Centros de Processamento Celular: a base da Medicina Regenerativa e Terapia Celular

Centros de Processamento Celular: a base da Medicina Regenerativa e Terapia Celular

16 de Novembro de 2023 - Escrito por Yasmin Rana de Miranda

Os Centros de Processamento Celular (CPCs) são elementos essenciais na vanguarda da Medicina Regenerativa e Terapia Celular. Essas instalações são responsáveis pela manipulação das células destinadas ao uso terapêutico, seguindo padrões rigorosos de qualidade e segurança. As funções principais incluem o isolamento e expansão celular, diferenciação celular, controle de qualidade, armazenamento seguro e a manutenção de documentação detalhada para cumprir as regulamentações. Uma vez processadas e armazenadas, as células podem ser empregadas em diversas aplicações terapêuticas, como tratamento de doenças crônicas, terapia gênica, imunoterapias e regeneração de tecidos. Os CPCs desempenham um papel vital no avanço de terapias inovadoras, representando uma ponte entre a ciência de ponta e tratamentos que proporcionam esperança e alívio para pacientes enfrentando desafios médicos significativos.



A medicina regenerativa e a terapia celular são campos da medicina que têm revolucionado a forma como abordamos tratamentos para uma variedade de doenças, desde condições crônicas até lesões graves. Uma peça-chave desse avanço científico é o Centro de Processamento Celular (CPC). De acordo com a Anvisa, os CPCs são “estabelecimentos de saúde responsáveis pela seleção de doadores, coleta, transporte, avaliação, processamento e acondicionamento, além da armazenagem e disponibilização de células de origem humana para uso terapêutico”. Essas instalações são projetadas de acordo com os mais rigorosos padrões de qualidade e segurança, garantindo que os produtos celulares resultantes sejam seguros e eficazes para uso clínico. Essas células podem ser utilizadas em uma variedade de aplicações, desde o tratamento de doenças genéticas até a regeneração de tecidos danificados.



As principais funções de um CPC são:



- Isolamento e expansão celular: um CPC é responsável por isolar as células de interesse, como células-tronco ou células do sistema imunológico, e depois expandi-las em grandes quantidades. Isso é fundamental para produzir uma quantidade suficiente de células para terapia.


- Diferenciação celular: em certos casos, as células precisam ser direcionadas para se diferenciarem em tipos celulares específicos antes de serem usadas em tratamentos. O CPC desempenha um papel crítico nesse processo.


- Controle de qualidade: garantir que as células sejam seguras e eficazes é de extrema importância. O CPC realiza testes rigorosos para avaliar a qualidade, pureza e viabilidade das células, além de garantir que elas estejam livres de contaminações.


- Armazenamento de células: manter células saudáveis e viáveis a longo prazo é essencial. Os CPCs têm instalações adequadas para o congelamento e o armazenamento seguro de células, garantindo que estejam disponíveis quando necessário.


- Documentação e regulamentação: Devido à natureza altamente regulamentada da terapia celular, o CPC mantém registros detalhados de todos os processos e procedimentos, garantindo o cumprimento das normas legais e regulatórias.


Assim que as células são processadas, têm sua qualidade avaliada e são armazenadas no CPC, elas podem ser utilizadas em diferentes aplicações, como para o tratamento de doenças crônicas, para terapia gênica, para imunoterapias ou para tratamentos que levam à regeneração de tecidos. As terapias celulares têm mostrado grande potencial no tratamento de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e neurodegenerativas. No caso de terapias gênicas, o CPC pode desempenhar um papel vital na manipulação de células, corrigindo mutações genéticas responsáveis por doenças hereditárias. A terapia celular também é usada para fortalecer o sistema imunológico do paciente (imunoterapias), auxiliando na luta contra o câncer e outras doenças e, em casos de lesões ou traumas, as células processadas em um CPC podem ser usadas para acelerar a regeneração de tecidos.


Os CPCs são regularmente inspecionados pelas Vigilâncias Sanitárias (Visas) locais (estaduais, municipais ou do Distrito Federal), em processos de fiscalização do cumprimento da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 508/2021, que estabelece as Boas Práticas em Células Humanas para uso terapêutico e pesquisa clínica. O objetivo é regular o processamento e a manipulação das células doadas, de modo a garantir tratamentos seguros, de qualidade e eficazes aos pacientes.


Em conclusão, os Centros de Processamento Celular desempenham um papel fundamental na pesquisa e desenvolvimento de terapias celulares inovadoras. Eles representam um elo crítico entre a ciência de ponta e os tratamentos que oferecem esperança e alívio a inúmeras pessoas que enfrentam condições médicas desafiadoras. Com padrões de qualidade rigorosos, essas instalações são o coração de muitos ensaios clínicos e tratamentos que oferecem esperança a pacientes com doenças debilitantes e crônicas. À medida que a medicina regenerativa continua avançando, podemos esperar que os CPCs desempenhem um papel ainda mais importante no desenvolvimento de terapias revolucionárias, que podem melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas ao redor do mundo.



Referências


Anvisa atualiza dados dos Centros de Processamento Celular: 

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2023/anvisa-atualiza-dados-dos-centros-de-processamento-celular